Liderança da Central Única de favelas fala sobre o racismo no Brasil
- forumfdc
- Jan 3
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O tema combate ao racismo vem ganhando espaço no Brasil e no mundo. O IBGE mostra que com o passar dos anos tem aumentado o número de pessoas que se reconhecem como pretas.
Em 2022, o número de pessoas que se declararam pretas no Brasil foi de 20,6 milhões, o que representa 10,2% da população total. Em 2010, esse número era de 14,5 milhões, ou 7,6% da população.
Preto Zezé, Presidente da Central Única das Favelas (CUFA) fala sobre racismo e sobre se reconhecer como uma pessoa preta no Brasil.
De acordo com ele, muitas vezes a pessoa negra foge desta denominação. “Eu lembro, que (houve) uma época era todo mundo “marrom bombom”. Tinha até música sobre isso, que era pra fugir disso. Toda ideia que nos aproximada (de ser preto) era negativa, as piadas, a escola, um ambiente extremamente violento do ponto de vista do racismo de você falar do nariz, do cabelo, da cor da pessoa, a história do que você aprende é sempre uma pessoa amarrada tomando chicotada”, afirma Preto Zezé.
Segundo o líder comunitário, isso veio mudar a pouco tempo, pois historicamente nada que coloca a pessoa no lugar de negro era atrativo. Essa realidade começou a mudar quando o RAP despertou para sociedade tipo de racismo produzido no Brasil.
“As pessoas assumem que ele (o racismo) existe, mas ninguém assume que pratica, então onde é que ele se esconde? Aí você vai começar a ler alguns movimentos, alguns acontecimentos, alguns impedimentos na sua vida, e começa a pensar: porra, eu fui selecionado aqui para ser excluído de algum processo, de alguma oportunidade. Começa a cair algumas fichas. Aí você começa a enxergar a sociedade de uma outra maneira, como é que esses pequenos comportamentos que as pessoas dizem que ele existe, mas não pratica se configuram (na sociedade brasileira)”, reflete o presidente da CUFA.

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