Enfermeira morre de hepatite fulminante após ingerir composto de “ervas de emagrecimento”.
- forumfdc
- Feb 23, 2022
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Updated: Mar 28, 2022
No dia 03 de fevereiro a enfermeira, Edmara Silva de Abreu de 42 anos, morreu após consumir um composto de ervas que promete emagrecimento rápido.
O composto é em formato de pílula e contem chá verde, carqueja e mata verde, essas ervas quando consumidas de forma indevida e na quantidade incorreta podem se tornar substâncias hepatotóxicas que podem causar danos ao fígado.
O produto prometia em seu rotulo que os componentes presentes na pílula eram todos “naturais”, entretanto a venda desse produto é proibida no Brasil desde 2018 pela ANVISA, a única forma de consegui-lo é por meio ilegais e online, atualmente existem alguns sites de e-comerce que comercializam de forma indevida esse produto.
Edmara era enfermeira no Hospital Santa Joana e ao passar no medico fizeram exames e desconfiaram de problemas na vesícula, porém os resultados dos exames apontaram que ela já estava com hepatite fulminante, segundo relatos de parentes próximos ela era uma pessoa com hábitos saudáveis e vinha sentido enjoos duas semanas antes do falecimento.
O ocorrido foi um assunto muito comentado nas redes sociais, e os profissionais da saúde se posicionaram sobre o caso, pois hoje em dia é grande o número de pessoas que procuram formas rápidas e métodos eficazes para emagrecer, e normalmente os conteúdos com mais acessos são os que prometem emagrecimento sem nenhum tipo de esforço físico.
A médica assistente no departamento de gastroenterologia na Divisão de Transplantes de Órgãos do Aparelho Digestivo no HCFMUSP, Liliana Ducatti, usou as suas redes sociais para fazer um alerta a respeito do uso de substâncias que se dizem naturais, porém podem causar danos agressivos ao corpo. "A hepatite fulminante é uma condição em que a pessoa não tem problema no fígado, tem fígado saudável, ela ingere algum remédio, alguma substância que faz com que esse fígado adoeça gravemente e rapidamente. ”
Liliana Ducatti deixa claro que o problema não está no consumo de chás mais sim na quantidade que eles são ingeridos, "Não estamos falando sobre esse chá que tomamos de vez em quando por prazer, para relaxar, mas o uso deles em grandes quantidades, que podem ser tóxicos para o fígado. Como esse remédio era em cápsulas, a gente nem sabe a real concentração dessas substâncias", relata. "O problema desses remédios ditos naturais é que também não tem como saber a real composição, além de ter esse tanto de erva. Das 50, 10 eram hepatotóxicas”.
Reportagem Vitoria Santos
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